- FESTA DAS FOGACEIRAS: EM
HONRA DO MÁRTIR SÃO SEBASTIÃO
Realiza-se, no próximo Domingo, 20 de Janeiro, a Festa em honra do
Mártir São Sebastião. A Eucaristia da festa, ponto central do cumprimento do
voto, será celebrada às 11 horas e presidida pelo Sr. D. Manuel Linda, Bispo do
Porto.
Como é habitual, às 15,30 horas far-se-á a solene procissão.
- MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA
PAZ: 1º DE JANEIRO DE 2019
«A BOA POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ»
[continuação]
5. A boa política promove a
participação dos jovens e a confiança no outro
Quando o exercício do poder
político visa apenas salvaguardar os interesses de certos indivíduos
privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser tentados pela
desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da sociedade, sem
possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo contrário, quando
a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos talentos juvenis e
das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se nas consciências e
nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa «fio-me de ti e
creio contigo» na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem comum. Por
isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento dos
carismas e capacidades de cada pessoa. «Que há de mais belo que uma mão
estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para
matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver.
Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um
instrumento de diálogo».
Cada um pode contribuir com a
própria pedra para a construção da casa comum. A vida política autêntica, que
se funda no direito e num diálogo leal entre os sujeitos, renova-se com a
convicção de que cada mulher, cada homem e cada geração encerram em si uma
promessa que pode irradiar novas energias relacionais, intelectuais, culturais
e espirituais. Uma tal confiança nunca é fácil de viver, porque as relações
humanas são complexas. Nestes tempos, em particular, vivemos num clima de
desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do forasteiro, na ansiedade
pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se também, infelizmente, a nível
político mediante atitudes de fechamento ou nacionalismos que colocam em
questão aquela fraternidade de que o nosso mundo globalizado tanto precisa.
Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades necessitam de «artesãos da paz»
que possam ser autênticos mensageiros e testemunhas de Deus Pai, que quer o bem
e a felicidade da família humana.
6. Não à guerra nem à estratégia
do medo
Cem anos depois do fim da I
Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante aqueles combates e as
populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje, ainda mais que ontem – a
terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a paz não pode jamais
reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter o outro sob ameaça
significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua dignidade. Por esta
razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação, bem como a
proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à busca duma
verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais vulneráveis
contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra de paz. Não
são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os migrantes de
todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário, deve-se
reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa, independentemente
da sua história, no respeito pelo direito e o bem comum, pela criação que nos
foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações passadas.
O nosso pensamento detém-se,
ainda e de modo particular, nas crianças que vivem nas zonas atuais de conflito
e em todos aqueles que se esforçam por que a sua vida e os seus direitos sejam
protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças sofre com a violência da guerra
ou pelas suas consequências, quando não é requisitada para se tornar, ela própria,
soldado ou refém dos grupos armados. O testemunho daqueles que trabalham para
defender a dignidade e o respeito das crianças é extremamente precioso para o
futuro da humanidade. [continua…]