sábado, 22 de fevereiro de 2025

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*VIVER O JUBILEU

(continuação)

A PORTA SANTA
 
Do ponto de vista simbólico, a Porta Santa assume um significado particular: é o sinal mais característico, porque o objectivo é poder atravessá-la. A sua abertura pelo Papa constitui o início oficial do Ano Santo. Originalmente, havia uma única porta, na Basílica de São João de Latrão, que é a catedral do bispo de Roma. Para permitir que os peregrinos pudessem realizar este acto, as outras Basílicas Romanas passaram a ofereceram essa possibilidade.
Ao passar por esse limiar, o peregrino lembra-se do texto do capítulo 10 do Evangelho segundo João: " Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem”. O gesto expressa a decisão de seguir e deixar-se guiar por Jesus, que é o Bom Pastor. Afinal, a porta também é uma passagem que leva ao interior da igreja. Para a comunidade cristã, não é apenas o espaço do sagrado, para o qual se aproxima com respeito; mas é um sinal da comunhão que une cada crente a Cristo: é o lugar do encontro e do diálogo, da reconciliação e da paz que aguarda a visita de cada peregrino. A igreja é o espaço de encontro e celebração da comunidade dos fiéis.
Em Roma, essa experiência torna-se carregada de um significado especial, pela referência à memória de São Pedro e de São Paulo, apóstolos que fundaram e formaram a comunidade cristã de Roma e que, com os seus ensinamentos e o seu exemplo, são uma referência para a Igreja universal. É aqui, em Roma, que estão os seus túmulos, no lugar onde foram martirizados; juntamente com as catacumbas, são lugares de contínua inspiração.
                                                                                                     (a continuar)