- 50º DIA MUNDIAL DAS
COMUNICAÇÕES SOCIAIS
Sob o lema “Comunicação e misericórdia”, a Igreja comemorou, neste
Domingo da Ascensão do Senhor, o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
Apresentamos a Mensagem do Sr. D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do Porto e Presidente
da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais:
“Celebramos o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
A Mensagem do Papa Francisco, para este Dia, insere-se numa
extensa, variada e enriquecedora lista de pronunciamentos dos Romanos
Pontífices (desde Paulo VI) sobre o fenómeno e a realidade da comunicação.
Em pleno Ano da Misericórdia, anunciado e pedido pelo Santo Padre,
era expectável que este núcleo central da percepção e da vida cristã, estivesse
presente na Mensagem. Adivinha-se, contudo, a indiferença, quando não a
incompreensão, por parte da comunicação formal (empresarial ou não), da conexão
temática “comunicação e misericórdia”.
A Mensagem não se orienta, directa e preferencialmente, para a
comunicação formal. Fala, de modo abrangente, de todo e qualquer modo de
comunicação. Obviamente, aí está também a comunicação social em todos os seus
suportes e modalidades. Fiquemos aí.
A realidade da generalidade da comunicação social que tem que ver
com misericórdia?
Os diferentes estatutos editoriais e a sua concretização respiram,
tantas vezes, impiedade, e não misericórdia! É notória a dificuldade, quando
não a incapacidade, para reconhecer erros ou insuficiente razão. A verdade, que
sempre se deve procurar, é, frequentemente, usada como arma de arremesso. O
erro e o seu combate, contudo, não justificam o combate à pessoa que erra; ou,
dito com palavras do Papa Francisco, “a palavra do cristão (…), mesmo quando
deve com firmeza condenar o mal, procura não romper jamais o relacionamento e a
comunicação”. E insiste mais adiante: “Faço apelo sobretudo àqueles que têm
responsabilidades institucionais, políticas e de formação da opinião pública,
para que estejam sempre vigilantes sobre o modo como se exprimem a respeito de
quem pensa ou age de forma diferente e ainda de quem possa ter errado. É fácil
ceder à tentação de explorar tais situações e, assim, alimentar as chamas da
desconfiança, do medo, do ódio”.
Poderiam multiplicar-se os sinais de ausência ou, pelo menos de
distância, entre comunicação social e misericórdia. Com efeito, não é difícil
adivinhar o comentário:
– Então, nestes tempos tão complicados, em que a sobrevivência é a
palavra de ordem, em que dia-a-dia se contam os leitores, os ouvintes e os espectadores,
vem o Santo Padre falar-nos de misericórdia?
O Papa Francisco adivinha o comentário e escreve: “Alguns pensam
que uma visão da sociedade enraizada na misericórdia seja injustificadamente
idealista ou excessivamente indulgente. (…) Num mundo dividido, fragmentado,
polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e
solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade”.
O importante é saber de que lado queremos estar: da inútil
sobrevivência a prazo, a qualquer preço, ou do lado da construção de pontes que
possibilitem a união da humanidade na sua rica diversidade? Do lado da
imposição de um pensamento tendencialmente único, sempre empobrecedor, ou do
lado da apresentação dos factos, tão objetciva quanto possível, assumidamente
distinta da sua leitura?
Por elementar respeito para com os consumidores, no mínimo,
exige-se que estas opções constem com clareza dos respectivos estatutos
editoriais e que, depois, se cumpram com fidelidade. E não é, obviamente,
aceitável que estas supostas opções sejam fixadas normativamente por uma
qualquer entidade exterior, por mais estatal que seja.
“A comunicação (toda a comunicação), escreve o Papa Francisco, tem
o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim
a sociedade”. Esta ambição, de que não nos queremos privar, se se cruza com a
misericórdia, entendida no sentido mais humano da palavra, produzirá um
desejável “encontro fecundo”. E todos teremos a ganhar com isso.
+Pio
Alves
- CAMINHADA PASCAL
PARA A 7ª SEMANA DO TEMPO PASCAL:
- OBRA DE MISERICÓRDIA: “ CORRIGIR
OS QUE ERRAM”
- ORAÇÃO: INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Vinde,
Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
Oremos:
Ó Deus,
que instruístes os corações dos vossos fiéis
com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos rectamente todas as coisas
e gozemos sempre da sua consolação.
Por nosso Senhor Jesus Cristo,
na unidade do Espírito Santo. Amém