SANTA MARIA
MADALENA DE PAZZI
Catarina de Pazzi nasceu no dia 2 de Abril de 1566, em
Florença (Itália) numa das famílias de maior destaque da nobreza florentina,
Foi a segunda filha de Maria Buondelmonti e Camillo di Geri de’ Pazzi. Recebeu
uma educação esmerada e, em dois períodos da sua vida (de 1574 a 1578 e de 1580
a 1581), foi educanda, em San Giovannino, das Cavaleiras de Malta.
Fez a Primeira Comunhão pouco antes de cumprir dez
anos; dias depois, entregou-se para sempre ao Senhor com uma promessa de
virgindade. Os seus pais pressionaram-na, várias vezes, para que se casasse,
mas ela sempre se negou, para ser fiel à sua promessa e por sentir o apelo à
vida religiosa.
Na idade de 16 anos, Catarina entrou nas Carmelitas
Descalças, no dia 17 de Novembro de 1582, no convento de Santa Maria dos Anjos,
em Florença. Recebeu o hábito em 1583, tomando o nome Maria Madalena. Em 29 de
Maio de 1584, estando tão doente que se temia que não se recuperasse, fez sua
profissão como religiosa.
Os primeiros cinco anos de vida monástica são os mais
conhecidos da biografia de Santa Maria Madalena. No grande Carmelo de Santa
Maria dos Anjos (o mais antigo da ordem), com quase oitenta monjas no período
em que viveu Madalena, várias delas tinham um elevado perfil espiritual, desde
a Madre Evangelista del Giocondo até Pacifica del Tovaglia, amiga e uma das principais
“secretárias” da Irmã Maria Madalena.
Desde que recebeu o hábito e até à sua morte,
experimentou uma série de êxtases. Depois da sua profissão, experimentou
êxtases diários durante 40 dias consecutivos. No final deste tempo, parecia
estar perto da morte. Entretanto, recuperou milagrosamente, pela intercessão da
Beata Maria Bartolomea Bagnesi, dominicana, cujo corpo incorrupto estava
sepultado no Convento de Santa Maria dos Anjos.
Dai em diante, e apesar de sua saúde precária, pôde
cumprir, com esmero, as obrigações que lhe destinaram e praticar uma dura
penitência.
Durante cerca de vinte anos, a Irmã Maria Madalena
viveu ocupada, silenciosamente, com a oração e o trabalho que são próprios da
vida monástica. Depois de ter sido responsável pelo acolhimento das jovens que
vinham para observar o modo de vida das monjas, em ordem a uma decisão
vocacional (1586-1589), esteve ligada, de várias maneiras, à formação das
jovens noviças, a partir de 1589, até se tornar sub-prioresa, a partir de 1604.
A Irmã Maria Madalena possuía dons extraordinários.
Como mestra de noviças, era notável o seu dom de perceber os pensamentos, não
apenas das noviças, como também de pessoas de fora do convento. Com frequência
via as coisas à distância. Conta-se que, numa ocasião, viu milagrosamente Santa
Catarina de Ricci no seu convento de Prato, a ler uma carta que lhe havia
enviado e escrevendo a resposta, embora nunca se tivessem conhecido de maneira
natural. Tinha o dom de profecia e de cura.
Deus permitiu que ela sofresse a prova de uma terrível
desolação interna, fortes tentações e ataques diabólicos externos, durante
cinco anos (1585-90). Venceu a prova pela sua corajosa adesão ao Senhor e, pela
sua humildade, cresceu em virtude. Ultrapassada esta provação, experimentou uma
grande consolação.
A Irmã Maria Madalena de Pazzi foi chamada a rezar e a
fazer penitência pela reforma de “todos os estados de vida, na Igreja” e pela
conversão de todos os homens. Ensinou que o sofrimento nos leva a um profundo
nível espiritual e ajuda a salvar a alma. Por isso, amava o sofrimento por amor
de Deus e pela salvação das almas.
Nos três últimos anos de vida, ficou inválida com
grandes sofrimentos, que aceitou com alegria heroica, até o fim. Morreu no Convento, no dia 25 de Maio de 1607, com
quarenta e um anos.
Inúmeros milagres ocorreram depois da sua morte.
Maria Madalena de Pazzi foi beatificada em 8 de Maio
de 1626, pelo Papa Urbano VIII. Foi canonizada no dia 28 de Abril de 1669, pelo
Papa Clemente IX. O seu corpo incorrupto permanece na igreja de Santa Maria dos
Anjos, em Florença.
A memória litúrgica de Santa Maria Madalena de Pazzi
faz-se no dia 25 de Maio.