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Mensagem do Santo
Padre aos jovens da Costa Amalfitana por ocasião do encontro “Instrumentos de
Paz”, 3 de Setembro de 2024
Caros jovens:
vós escolhestes um
bom tema, um tema muito interessante!
É a urgência que
vivemos face às guerras e às imensas pessoas que perdem a vida todos os dias:
crianças, idosos, jovens, homens e mulheres. Jesus vive e quere-vos vivos! Sem
paz não há vida. Sem paz existe apenas morte e destruição.
Há três maneiras infalíveis de nos tornarmos instrumentos de paz:
1. Preenchei o vosso dia com gestos de paz. Nesta antiga cidade de Scala poderá aprofundar-se o caminho de solidariedade e de diálogo, iniciado pelo Beato Frei Gerardo Sasso, fundador e primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros de Malta. Numa era de conflitos e guerras, ele criou o primeiro hospital inter-religioso, em Jerusalém, por volta do ano 1100. Também vós, seguindo o seu exemplo, podeis construir pontes de amizade e de solidariedade mútua. Iluminai cada hora do vosso dia fazendo um gesto de paz: um gesto de serviço, de ternura, de perdão…
2. Rezai, com o coração, pela paz. Quando nos sentirmos desamparados, diante dos dramáticos cenários mundiais, lembremo-nos de que “Nada é impossível a Deus” (Lc 1,37). Temos uma arma muito eficaz que é a oração. Vamos usá-la! Rezemos mais pela paz, para que ela chegue em breve. Invoquemo-la com fé e confiança! Assumamos um compromisso diário de oração pessoal pela paz. Reuni-vos para partilhar momentos de adoração eucarística, diante do Senhor, Rei da paz
3. Vivei como
peregrinos de esperança. Corajosamente, não vos canseis de sonhar com a paz e a
fraternidade justas, porque este é também o sonho do Pai: que os seus filhos
vivam unidos e felizes, reconhecendo-nos a todos como irmãos. Olhai além da
noite! Não cedais à ideia de que a guerra pode resolver problemas e levar à
paz. A guerra é sempre uma derrota; uma rendição vergonhosa, diante das forças
do mal. Façamos memória de todas as vítimas, que nunca devemos esquecer; e esta
memória abra-nos, concretamente, para encontrar, no presente, uma saída, no
caminho de reconciliação. (cf.
Santa Sé)