*SOLENIDADE DE CRISTO REI (24 de Novembro de 2024)
A
devoção a Cristo Rei foi, especialmente, promovida pelo Papa Pio XI, que
instituiu a respectiva festa litúrgica, no decorrer do Ano Santo de 1925,
através da Encíclica “Quas Primas” (11 de Dezembro de 1925), a ser celebrada no
último Domingo de Outubro de cada ano.
Esta devoção tem fundas raízes bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento, bastando lembrar que, no julgamento por Pilatos, Jesus se afirmou Rei, mas não à maneira do mundo.
Além disso, o próprio título de Cristo, nome grego que em hebraico se diz Messias e se traduz em português por Ungido, evoca a tradição antiga de se ungirem com óleo - para significar a penetração do Espírito Santo - os profetas, os sacerdotes e os reis.
No tempo de Pio XI, ainda se acreditava no ideal de que os países, tradicionalmente cristãos, deveriam reconhecer, oficialmente, a realeza de Jesus Cristo, acatando, na sua legislação e governo público, os princípios da Lei de Deus e as orientações da Santa Igreja, verdadeiro Corpo Místico de Jesus Cristo. Daí os apelos à implantação, nas diversas sociedades, do Reinado Social de Cristo, o grande ideal que norteava particularmente a Acção Católica, tão promovida por Pio XI, e objectivo, também, da acção missionária a que este Papa deu grande impulso.
Com a instituição desta Festa, os frutos esperados da militância católica seriam a liberdade, a ordem, a tranquilidade, a concórdia e a paz entre os homens. O Papa fixou o último Domingo de Outubro para esta Celebração, sobretudo porque tinha em vista a Festa subjacente de Todos os Santos, a fim de se proclamar abertamente a glória Daquele que triunfa sobre todos os Eleitos. Nesta Festa, dever-se-ia fazer a Consagração ao Coração do Redentor.
Com o Concílio Vaticano II, em tempo bastante diferente, marcado pela aceitação pela Igreja da laicidade dos poderes públicos num mundo pluricultural e de convívio de várias crenças religiosas, a Festa de Cristo Rei continuou no calendário geral da Igreja, mas com um sentido mais espiritual e litúrgico, passando a celebrar-se no último Domingo do Ano Litúrgico (34º do Tempo Comum), como que a encerrar as celebrações anuais dos mistérios cristãos. (…)
Assim, no último Domingo do Ano Litúrgico, surge a figura de Cristo, Rei da Glória, o fim da história humana, ponto de convergência para o qual tendem os desejos da História e da Civilização, centro do género humano, alegria de todos os corações e plenitude total de todos os seus anseios.
Vivificados e reunidos no Seu espírito, caminhamos como peregrinos para a consumação da história humana, a qual coincide plenamente com o Seu desígnio de Amor: “Em Cristo recapitular todas as coisas, as que estão nos Céus e na terra” (Ef. 1,10). Nesta celebração tem-se em conta especialmente as palavras de Jesus a Pilatos. “Sou Rei, mas não à maneira do mundo”. [cf.Agência Ecclesia, Nov. 2018 (adaptado)]
Esta devoção tem fundas raízes bíblicas, tanto no Antigo como no Novo Testamento, bastando lembrar que, no julgamento por Pilatos, Jesus se afirmou Rei, mas não à maneira do mundo.
Além disso, o próprio título de Cristo, nome grego que em hebraico se diz Messias e se traduz em português por Ungido, evoca a tradição antiga de se ungirem com óleo - para significar a penetração do Espírito Santo - os profetas, os sacerdotes e os reis.
No tempo de Pio XI, ainda se acreditava no ideal de que os países, tradicionalmente cristãos, deveriam reconhecer, oficialmente, a realeza de Jesus Cristo, acatando, na sua legislação e governo público, os princípios da Lei de Deus e as orientações da Santa Igreja, verdadeiro Corpo Místico de Jesus Cristo. Daí os apelos à implantação, nas diversas sociedades, do Reinado Social de Cristo, o grande ideal que norteava particularmente a Acção Católica, tão promovida por Pio XI, e objectivo, também, da acção missionária a que este Papa deu grande impulso.
Com a instituição desta Festa, os frutos esperados da militância católica seriam a liberdade, a ordem, a tranquilidade, a concórdia e a paz entre os homens. O Papa fixou o último Domingo de Outubro para esta Celebração, sobretudo porque tinha em vista a Festa subjacente de Todos os Santos, a fim de se proclamar abertamente a glória Daquele que triunfa sobre todos os Eleitos. Nesta Festa, dever-se-ia fazer a Consagração ao Coração do Redentor.
Com o Concílio Vaticano II, em tempo bastante diferente, marcado pela aceitação pela Igreja da laicidade dos poderes públicos num mundo pluricultural e de convívio de várias crenças religiosas, a Festa de Cristo Rei continuou no calendário geral da Igreja, mas com um sentido mais espiritual e litúrgico, passando a celebrar-se no último Domingo do Ano Litúrgico (34º do Tempo Comum), como que a encerrar as celebrações anuais dos mistérios cristãos. (…)
Assim, no último Domingo do Ano Litúrgico, surge a figura de Cristo, Rei da Glória, o fim da história humana, ponto de convergência para o qual tendem os desejos da História e da Civilização, centro do género humano, alegria de todos os corações e plenitude total de todos os seus anseios.
Vivificados e reunidos no Seu espírito, caminhamos como peregrinos para a consumação da história humana, a qual coincide plenamente com o Seu desígnio de Amor: “Em Cristo recapitular todas as coisas, as que estão nos Céus e na terra” (Ef. 1,10). Nesta celebração tem-se em conta especialmente as palavras de Jesus a Pilatos. “Sou Rei, mas não à maneira do mundo”. [cf.Agência Ecclesia, Nov. 2018 (adaptado)]