sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

EM DESTAQUE:



*ORAÇÃO DO JUBILEU 2025

 

Pai que estás nos céus,

 que nos deste

no teu filho Jesus Cristo, nosso irmão,

e a chama de caridade

derramada, nos nossos corações, pelo Espírito Santo

despertem em nós a bem-aventurada esperança

para a vinda do teu Reino.

 

A tua graça nos transforme

em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho

que fermentem a humanidade e o cosmos,

na espera confiante dos novos céus e da nova terra,

quando, vencidas as potências do Mal,

se manifestar para sempre a tua glória.

 

A graça do Jubileu reavive em nós, 

Peregrinos de Esperança,

o desejo dos bens celestes

e derrame sobre o mundo inteiro

a alegria e a paz do nosso Redentor.

A ti, Deus bendito na eternidade,

louvor e glória pelos séculos dos séculos.

Amém.

             (Papa Francisco)

 

 


VIVER O JUBILEU

 

A“Jubileu” é o nome de um ano particular: parece derivar do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do ‘Yobel’, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). Esta festa judaica ocorre em cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar. Encontramos uma primeira ideia disto, na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos, já que era o ano “extra” - a mais - que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Levítico 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correcta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos vendidos ou arrendados e o repouso da terra.

Citando o profeta Isaías, o evangelho segundo Lucas descreve desta forma, também, a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos; a dar vista aos cegos; a restituir a liberdade aos oprimidos; a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-2). Estas palavras de Jesus tornaram-se, também, acções de libertação e de conversão, no quotidiano dos seus encontros e das suas relações.

Bonifácio VIII, em 1300, proclamou o primeiro Jubileu, também chamado “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se deve fazer a experiência de que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou, ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos, em 1343, com o Papa Clemente VI; e para 25, em 1470, com o Papa Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933, o Papa Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e, em 2015, o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo: portanto, uma peregrinação; mais tarde, foram-se acrescentando outros sinais, como o da Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.

                                                                                                     (a continuar)