BEATA MARIA ANA SUREAU BLONDIN
Maria Ester Sureau Blondin, natural do
Canadá, nasceu em Terrebonne, Quebec, no dia 18 de Abril de 1809. Filha de um
agricultor, João Baptista Sureau Blondin, e de uma dona de casa, Maria Rosa
Limoges, uma família muito religiosa e católica. Maria Ester era a mais velha
de 12 filhos. Herdou da sua mãe uma piedade centrada na Providência e na
Eucaristia, e do seu pai uma fé sólida e uma grande paciência no sofrimento.
Ela e a sua família foram vítimas do analfabetismo imperante nos ambientes
francófonos do Canadá do século XIX
Passou a infância e a adolescência em casa, recebendo educação e formação dos pais, dada a falta de escolas católicas de língua francesa, num Estado que estivera sob domínio inglês e protestante, durante 50 anos.
Com a idade de 22 anos, foi contratada como empregada ao serviço das religiosas da Congregação de Nossa Senhora, que acabavam de chegar à sua localidade. Um ano mais tarde, inscreveu-se como interna tendo em vista aprender a ler e a escrever. Depois, entrou no noviciado da mesma congregação, mas teve de sair devido à sua saúde, que era extremamente frágil.
Passou um período de recuperação e repouso, em casa, e, em seguida, tornou-se assistente da professora na escola primária católica, na vila de Vaudreuil. Em 1838, tornou-se directora da escola e, nos anos seguintes, pouco a pouco, começou a ponderar a fundação de uma congregação religiosa, dedicada à educação de crianças. Em 8 de Dezembro de 1850, Maria Ester Sureau Blondin, adoptando o nome de Maria Ana, fez, juntamente com um grupo das primeiras freiras, os seus votos, perante o bispo de Montreal, Inácio Bourget, fundando, assim, a nova congregação das "Irmãs de Santa Ana".
Os primeiros tempos da jovem instituição foram difíceis, devido à grande pobreza. Em 1853, a Casa-Mãe foi inaugurada em Saint-Jacques de l'Achigan, e o Bispo Bourget nomeou o jovem padre Luís Adolfo Maréchal como capelão da Congregação. Este começou a intrometer-se na vida interna da Congregação, nos aspectos tanto material como espiritual. O conflito entre o capelão e a superiora durou cerca de um ano. O Padre Luís assumiu, pessoalmente, a direcção da Congregação. Em 1854, para solucionar o conflito, o Bispo destituiu a fundadora e superiora-geral, a Irmã Maria Ana, nomeando-a para superiora de uma pequena comunidade, em Sainte-Geneviève.
Apesar da distância, muitas freiras, formadas pela Irmã Maria Ana, mantiveram contacto com ela. Mas, isso não foi tolerado pelo capelão, que persuadiu o Bispo a removê-la, também, desse cargo.
Como fundadora e excelente professora, ela foi incumbida das tarefas mais humildes, como porteira, responsável pelas roupas das freiras e sacristã, funções que desempenhou, durante mais de 36 anos, em conventos localizados em diversas cidades.
O último período da sua vida é um testemunho de uma fé viva e grande força de vontade, apesar dos desentendimentos. Ela foi um exemplo de amorosa submissão à vontade de Deus; de respeito pela autoridade; de bondade e de serviço a todos; de humildade e de abnegação. Aceitou a sua demissão oferecendo a sua vida pelo bem da Congregação, e isso foi, evidentemente, aceite por Deus.
Em 1884, a Congregação foi aprovada pelo Papa e, em 1890, havia 428 freiras a ensinar e a cuidar dos enfermos em 43 casas: no Québec, na Colúmbia Britânica (Canadá), nos Estados Unidos e no Alasca.
No Outono de 1889, a Madre Maria Ana adoeceu gravemente, com bronquite. Na véspera de Natal, ela quis assistir à missa na capela principal da Casa-Mãe, mas isso agravou o seu estado de saúde, levando-a à morte, no dia 2 de Janeiro, em Lachine.
A Irmã Maria Ana Sureau Blondin foi beatificada, pelo Papa João Paulo II, na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 29 de Abril de 2001. Na homilia da Missa, o Papa disse: “…A fundadora das Irmãs de Santa Ana, Maria Ana Blondin é o modelo de uma existência consagrada ao amor e imbuída do mistério pascal. Esta jovem camponesa do Canadá proporá ao seu Bispo a fundação de uma congregação religiosa para a educação das crianças pobres dos campos, com vista a pôr fim ao analfabetismo. Num grande espírito de abandono à Providência, de quem amará "o cuidado totalmente maternal", ela aceitará com humildade as decisões da Igreja e, até à sua morte, levará a cabo trabalhos modestos para o bem das suas coirmãs. As provações jamais alterarão o seu grande amor a Cristo e à Igreja, nem o seu cuidado pela formação de verdadeiras educadoras da juventude. Forjada por uma vida de humildade e de escondimento, Maria Ana Blondin encontrava a força interior na contemplação da Cruz, mostrando-nos que a vida de intimidade com Cristo é o modo mais seguro de dar misteriosamente frutos e de cumprir a missão desejada por Deus. Possa o seu exemplo despertar nas religiosas do seu Instituto e em numerosos jovens o gosto de servir a Deus e aos homens, em particular à juventude, a quem é importante oferecer os instrumentos de um autêntico desenvolvimento espiritual, moral e intelectual!...”
A sua memória litúrgica é celebrada no dia 2 de Janeiro.
Passou a infância e a adolescência em casa, recebendo educação e formação dos pais, dada a falta de escolas católicas de língua francesa, num Estado que estivera sob domínio inglês e protestante, durante 50 anos.
Com a idade de 22 anos, foi contratada como empregada ao serviço das religiosas da Congregação de Nossa Senhora, que acabavam de chegar à sua localidade. Um ano mais tarde, inscreveu-se como interna tendo em vista aprender a ler e a escrever. Depois, entrou no noviciado da mesma congregação, mas teve de sair devido à sua saúde, que era extremamente frágil.
Passou um período de recuperação e repouso, em casa, e, em seguida, tornou-se assistente da professora na escola primária católica, na vila de Vaudreuil. Em 1838, tornou-se directora da escola e, nos anos seguintes, pouco a pouco, começou a ponderar a fundação de uma congregação religiosa, dedicada à educação de crianças. Em 8 de Dezembro de 1850, Maria Ester Sureau Blondin, adoptando o nome de Maria Ana, fez, juntamente com um grupo das primeiras freiras, os seus votos, perante o bispo de Montreal, Inácio Bourget, fundando, assim, a nova congregação das "Irmãs de Santa Ana".
Os primeiros tempos da jovem instituição foram difíceis, devido à grande pobreza. Em 1853, a Casa-Mãe foi inaugurada em Saint-Jacques de l'Achigan, e o Bispo Bourget nomeou o jovem padre Luís Adolfo Maréchal como capelão da Congregação. Este começou a intrometer-se na vida interna da Congregação, nos aspectos tanto material como espiritual. O conflito entre o capelão e a superiora durou cerca de um ano. O Padre Luís assumiu, pessoalmente, a direcção da Congregação. Em 1854, para solucionar o conflito, o Bispo destituiu a fundadora e superiora-geral, a Irmã Maria Ana, nomeando-a para superiora de uma pequena comunidade, em Sainte-Geneviève.
Apesar da distância, muitas freiras, formadas pela Irmã Maria Ana, mantiveram contacto com ela. Mas, isso não foi tolerado pelo capelão, que persuadiu o Bispo a removê-la, também, desse cargo.
Como fundadora e excelente professora, ela foi incumbida das tarefas mais humildes, como porteira, responsável pelas roupas das freiras e sacristã, funções que desempenhou, durante mais de 36 anos, em conventos localizados em diversas cidades.
O último período da sua vida é um testemunho de uma fé viva e grande força de vontade, apesar dos desentendimentos. Ela foi um exemplo de amorosa submissão à vontade de Deus; de respeito pela autoridade; de bondade e de serviço a todos; de humildade e de abnegação. Aceitou a sua demissão oferecendo a sua vida pelo bem da Congregação, e isso foi, evidentemente, aceite por Deus.
Em 1884, a Congregação foi aprovada pelo Papa e, em 1890, havia 428 freiras a ensinar e a cuidar dos enfermos em 43 casas: no Québec, na Colúmbia Britânica (Canadá), nos Estados Unidos e no Alasca.
No Outono de 1889, a Madre Maria Ana adoeceu gravemente, com bronquite. Na véspera de Natal, ela quis assistir à missa na capela principal da Casa-Mãe, mas isso agravou o seu estado de saúde, levando-a à morte, no dia 2 de Janeiro, em Lachine.
A Irmã Maria Ana Sureau Blondin foi beatificada, pelo Papa João Paulo II, na Praça de São Pedro, em Roma, no dia 29 de Abril de 2001. Na homilia da Missa, o Papa disse: “…A fundadora das Irmãs de Santa Ana, Maria Ana Blondin é o modelo de uma existência consagrada ao amor e imbuída do mistério pascal. Esta jovem camponesa do Canadá proporá ao seu Bispo a fundação de uma congregação religiosa para a educação das crianças pobres dos campos, com vista a pôr fim ao analfabetismo. Num grande espírito de abandono à Providência, de quem amará "o cuidado totalmente maternal", ela aceitará com humildade as decisões da Igreja e, até à sua morte, levará a cabo trabalhos modestos para o bem das suas coirmãs. As provações jamais alterarão o seu grande amor a Cristo e à Igreja, nem o seu cuidado pela formação de verdadeiras educadoras da juventude. Forjada por uma vida de humildade e de escondimento, Maria Ana Blondin encontrava a força interior na contemplação da Cruz, mostrando-nos que a vida de intimidade com Cristo é o modo mais seguro de dar misteriosamente frutos e de cumprir a missão desejada por Deus. Possa o seu exemplo despertar nas religiosas do seu Instituto e em numerosos jovens o gosto de servir a Deus e aos homens, em particular à juventude, a quem é importante oferecer os instrumentos de um autêntico desenvolvimento espiritual, moral e intelectual!...”
A sua memória litúrgica é celebrada no dia 2 de Janeiro.
