BEATO MIGUEL AGOSTINHO PRO JUÁREZ
Miguel Agostinho nasceu no dia 13 de Janeiro
de 1891, em Zacatecas - Guadalupe, no México. Era o terceiro de onze irmãos, filho
de Miguel Pro e Josefa Juárez. O seu pai, que não era apenas um bom cristão,
mas também engenheiro de minas, não o criou em condições confortáveis. Desde
cedo, levava-o para visitar as minas, para que pudesse testemunhar a dura vida
daqueles trabalhadores.
Assim, o menino cresceu com uma sensibilidade apurada e uma preocupação particular com as questões sociais.
Aos quinze anos, começou a trabalhar com o pai, na Agência de Mineração do Ministério do Desenvolvimento.
O jovem Miguel tornou-se um colaborador próximo do pai, até que uma das suas irmãs entrou para um convento. Isto obrigou-o a parar e a entrar numa dinâmica de discernimento: a vocação da irmã levou-o a reconsiderar o seu caminho e o seu futuro.
Miguel decidiu entrar na Companhia de Jesus, aos 20 anos, pensando que, como sacerdote, poderia estar mais próximo dos necessitados e pregar o Evangelho de Cristo, buscando unir caridade e justiça.
Quatro anos depois, Miguel viajou para Espanha com os jesuítas. Ali, dedicou-se a estudar filosofia e retórica. Permaneceu na Europa até 1919, quando foi enviado para a Nicarágua, onde exerceu a missão de professor. No entanto, pouco tempo depois, voltou a Espanha e, logo a seguir, partiu para a Bélgica para formar uma comunidade de 130 jesuítas.
O superior provincial do México desejava que Miguel Agostinho recebesse formação nas áreas sociais enquanto estivesse na Bélgica. O objectivo era promover o movimento social católico e preparar o jesuíta para o trabalho pastoral com os trabalhadores mexicanos.
Em 30 de Agosto 1925, Miguel Pro foi ordenado sacerdote. No entanto, um mês depois, adoeceu gravemente com uma infecção e passou por uma longa convalescença. Pensando que ele iria morrer, os seus superiores enviaram-no de volta ao México. Na viagem de retorno, o jovem sacerdote passou por Lourdes e escreveu que a sua visita à gruta foi um dos dias mais felizes da sua vida.
Quando chegou ao seu país, em Julho de 1926, o governo havia promulgado diversas leis para reprimir e sufocar a Igreja Católica. Contrariando as leis repressivas do governo, o Padre Miguel Agostinho decidiu continuar o seu ministério: havia muito a ser feito para amparar os católicos perseguidos, ajudar os pobres e oferecer assistência aos doentes e moribundos.
O Padre Miguel faz tudo isso com optimismo e vitalidade, além de uma boa dose de coragem, recorrendo a disfarces, mais ou menos sérios, que lhe permitem escapar das batidas policiais e realizar o seu trabalho sacerdotal clandestino, celebrando secretamente a Eucaristia e pregando exercícios espirituais às escondidas. Estima-se que num único dia ele tenha conseguido distribuir até 1.500 comunhões. Acompanhado pelo seu violão e auxiliado pelos seus comentários espirituosos e a sua inimitável capacidade de imitar pessoas, ele tenta animar e apoiar todos os que encontra.
Este sacerdote, que aparenta ter um optimismo abundante, está, na verdade, a viver o sofrimento e a depressão devido à perseguição, ao sofrimento que o seu povo e a sua família estão a enfrentar e aos problemas que a sua saúde debilitada lhe causam. O segredo para superar tudo isso e ser útil aos outros, apesar de tudo, está na união com Jesus, pois ele descobriu que "não há maneira mais rápida e eficaz de viver intensamente unido a Jesus do que a Santa Missa".
Constantemente vigiado pela polícia, ele acabou por ser preso sob a falsa acusação de participar de uma tentativa de assassinato de um general. Após a farsa um julgamento e em violação dos direitos humanos mais básicos, o Padre Miguel Pro foi executado por um pelotão de fuzilamento, na Cidade do México, no dia 23 de Novembro de 1927. Tinha apenas 36 anos e era sacerdote há dois anos, mas seu espírito era tão intenso e alegre que valeu uma vida inteira.
No momento da execução, o Padre abriu os braços em cruz e disse ao oficial que comandava o pelotão de fuzilamento que lhe perdoava. Caminhou, sozinho até o local do suplício, sem venda nos olhos, com um crucifixo numa mão e um terço na outra. Pediu para poder rezar, um pouco, antes de morrer. Aguardando os disparos, exclamou: "Viva Cristo Rei!" Um soldado do pelotão de fuzilamento, como o centurião aos pés da cruz, ao ver o modo como o Padre enfrentou a morte, terá exclamado: "Assim morrem os justos!".
O governo mexicano tinha convidado a imprensa para a execução, acreditando que isso acalmaria o sentimento antirreligioso, difundido pelo governo, entre a população. Muito pelo contrário: as imagens dos momentos finais do Padre Miguel Agostinho tornaram-se objecto de devoção. A atenção internacional que o evento atraiu provocou profunda indignação contra os excessos do regime.
No seu funeral, desafiando a polícia e a proibição das autoridades, compareceram mais de 20.000 pessoas, gratas pelo que dele haviam recebido e convictas de que ele era um mártir de Cristo.
Sessenta e um anos depois, no dia 15 de Setembro de 1988, o Papa João Paulo II beatificou o Padre Miguel Agostinho Pro: é o primeiro mártir, em solo mexicano, declarado pela Igreja Católica e um exemplo para muitas pessoas.
A memória litúrgica do Beato Miguel Agostinho Pro é celebrada no dia 23 de Novembro.
Assim, o menino cresceu com uma sensibilidade apurada e uma preocupação particular com as questões sociais.
Aos quinze anos, começou a trabalhar com o pai, na Agência de Mineração do Ministério do Desenvolvimento.
O jovem Miguel tornou-se um colaborador próximo do pai, até que uma das suas irmãs entrou para um convento. Isto obrigou-o a parar e a entrar numa dinâmica de discernimento: a vocação da irmã levou-o a reconsiderar o seu caminho e o seu futuro.
Miguel decidiu entrar na Companhia de Jesus, aos 20 anos, pensando que, como sacerdote, poderia estar mais próximo dos necessitados e pregar o Evangelho de Cristo, buscando unir caridade e justiça.
Quatro anos depois, Miguel viajou para Espanha com os jesuítas. Ali, dedicou-se a estudar filosofia e retórica. Permaneceu na Europa até 1919, quando foi enviado para a Nicarágua, onde exerceu a missão de professor. No entanto, pouco tempo depois, voltou a Espanha e, logo a seguir, partiu para a Bélgica para formar uma comunidade de 130 jesuítas.
O superior provincial do México desejava que Miguel Agostinho recebesse formação nas áreas sociais enquanto estivesse na Bélgica. O objectivo era promover o movimento social católico e preparar o jesuíta para o trabalho pastoral com os trabalhadores mexicanos.
Em 30 de Agosto 1925, Miguel Pro foi ordenado sacerdote. No entanto, um mês depois, adoeceu gravemente com uma infecção e passou por uma longa convalescença. Pensando que ele iria morrer, os seus superiores enviaram-no de volta ao México. Na viagem de retorno, o jovem sacerdote passou por Lourdes e escreveu que a sua visita à gruta foi um dos dias mais felizes da sua vida.
Quando chegou ao seu país, em Julho de 1926, o governo havia promulgado diversas leis para reprimir e sufocar a Igreja Católica. Contrariando as leis repressivas do governo, o Padre Miguel Agostinho decidiu continuar o seu ministério: havia muito a ser feito para amparar os católicos perseguidos, ajudar os pobres e oferecer assistência aos doentes e moribundos.
O Padre Miguel faz tudo isso com optimismo e vitalidade, além de uma boa dose de coragem, recorrendo a disfarces, mais ou menos sérios, que lhe permitem escapar das batidas policiais e realizar o seu trabalho sacerdotal clandestino, celebrando secretamente a Eucaristia e pregando exercícios espirituais às escondidas. Estima-se que num único dia ele tenha conseguido distribuir até 1.500 comunhões. Acompanhado pelo seu violão e auxiliado pelos seus comentários espirituosos e a sua inimitável capacidade de imitar pessoas, ele tenta animar e apoiar todos os que encontra.
Este sacerdote, que aparenta ter um optimismo abundante, está, na verdade, a viver o sofrimento e a depressão devido à perseguição, ao sofrimento que o seu povo e a sua família estão a enfrentar e aos problemas que a sua saúde debilitada lhe causam. O segredo para superar tudo isso e ser útil aos outros, apesar de tudo, está na união com Jesus, pois ele descobriu que "não há maneira mais rápida e eficaz de viver intensamente unido a Jesus do que a Santa Missa".
Constantemente vigiado pela polícia, ele acabou por ser preso sob a falsa acusação de participar de uma tentativa de assassinato de um general. Após a farsa um julgamento e em violação dos direitos humanos mais básicos, o Padre Miguel Pro foi executado por um pelotão de fuzilamento, na Cidade do México, no dia 23 de Novembro de 1927. Tinha apenas 36 anos e era sacerdote há dois anos, mas seu espírito era tão intenso e alegre que valeu uma vida inteira.
No momento da execução, o Padre abriu os braços em cruz e disse ao oficial que comandava o pelotão de fuzilamento que lhe perdoava. Caminhou, sozinho até o local do suplício, sem venda nos olhos, com um crucifixo numa mão e um terço na outra. Pediu para poder rezar, um pouco, antes de morrer. Aguardando os disparos, exclamou: "Viva Cristo Rei!" Um soldado do pelotão de fuzilamento, como o centurião aos pés da cruz, ao ver o modo como o Padre enfrentou a morte, terá exclamado: "Assim morrem os justos!".
O governo mexicano tinha convidado a imprensa para a execução, acreditando que isso acalmaria o sentimento antirreligioso, difundido pelo governo, entre a população. Muito pelo contrário: as imagens dos momentos finais do Padre Miguel Agostinho tornaram-se objecto de devoção. A atenção internacional que o evento atraiu provocou profunda indignação contra os excessos do regime.
No seu funeral, desafiando a polícia e a proibição das autoridades, compareceram mais de 20.000 pessoas, gratas pelo que dele haviam recebido e convictas de que ele era um mártir de Cristo.
Sessenta e um anos depois, no dia 15 de Setembro de 1988, o Papa João Paulo II beatificou o Padre Miguel Agostinho Pro: é o primeiro mártir, em solo mexicano, declarado pela Igreja Católica e um exemplo para muitas pessoas.
A memória litúrgica do Beato Miguel Agostinho Pro é celebrada no dia 23 de Novembro.
