“ ...No seguimento de Cristo, a Igreja vê o amor a Deus e ao próximo como um motor poderoso, capaz de oferecer uma energia autêntica que poderá irrigar o conjunto dos ambientes social, jurídico, cultural, político e económico. Desejei pôr em evidência o facto de que a relação existente entre o amor e a verdade é, se for bem vivida, uma força dinâmica que regenera o conjunto dos vínculos interpessoais e que oferece uma novidade real na reorientação da vida económica e financeira que ela renova, ao serviço do homem e da sua dignidade, para os quais eles existem. E economia e finanças não existem para si mesmas, pois são apenas um instrumento, um meio. A sua finalidade é unicamente a pessoa humana e a sua plena realização na dignidade. Eis o único capital que convém salvar. E neste capital encontra-se a dimensão espiritual da pessoa humana. O Cristianismo permitiu que a Europa compreendesse em que consiste a liberdade, a responsabilidade e a ética que imbuem as suas leis e estruturas societárias. Marginalizar o Cristianismo – inclusive mediante a exclusão dos símbolos que o manifestam – contribuiria para privar o nosso continente da fonte fundamental que o alimenta incansavelmente e que contribui para a sua verdadeira identidade. Com efeito, o Cristianismo encontra-se na nascente dos "valores espirituais e morais que são o património comum dos povos europeus"... ( in, Discurso do Papa aos participantes da 45ª reunião anual do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa )
“... Jesus indica qual é a maior riqueza da vida: o amor. Amar a Deus e amar os outros com todas as capacidades. A palavra amor – já sabemos – presta-se a várias interpretações e tem diversos significados: nós precisamos de um Mestre, Cristo, que nos indique o sentido mais autêntico e mais profundo, que nos guie à fonte do amor e da vida. Amor é o nome próprio de Deus. O Apóstolo João recorda-nos: “Deus é amor”, e acrescenta que “não fomos nós a amar a Deus, mas foi Ele que nos amou e mandou seu Filho”. E “se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros” (1Jo 4,8.10.11). No encontro com Cristo e no amor recíproco, experimentamos em nós a própria vida de Deus, que permanece em nós com o seu amor perfeito, total, eterno (cfr 1 Jo 4, 12). Não há nada, portanto, de maior para o homem, um ser mortal e limitado, que participar da vida de amor de Deus. Hoje, vivemos um contexto cultural que não favorece as relações humanas profundas e desinteressadas, mas, ao contrário, induz frequentemente, ao fechamento em si mesmo, ao individualismo, a deixar prevalecer o egoísmo que existe no homem. Mas o coração de um jovem é, por natureza, sensível ao amor verdadeiro. Por isso, dirijo-me com grande confiança a cada um de vós e vos digo: não é fácil fazer da vida algo de belo e de grande; é desafiante mas, com Cristo, tudo é possível!...” ( in, Discurso aos jovens em Turim, Itália )

