A Quaresma é um tempo propício para nos dedicarmos, com maior empenho, à nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração ao acolhimento dócil da vontade divina.
O Papa, Bento XVI, presidiu em Roma, na Quarta-Feira de Cinzas, à procissão penitencial que percorreu as ruas do Bairro Aventino e que terminou na Basílica de Santa Sabina, onde teve lugar a celebração da Santa Missa e a imposição das Cinzas.
Na homilia, disse Bento XVI: “ Hoje, ressoa para nós o apelo ‘Voltai para mim de todo o coração’; hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não poder realizar a nossa conversão, sozinhos, unicamente com as nossas forças, porque é Deus que nos converte. Ele oferece-nos ainda o seu perdão convidando-nos a voltar para Ele para nos dar um coração novo, purificado do mal que o oprime, para participarmos da sua alegria… O nosso mundo precisa de ser convertido por Deus, precisa do seu perdão, do seu amor, precisa de um coração novo”. ( … )
Bento XVI salientou que, com o nosso testemunho evangélico, nós cristãos devemos ser uma mensagem viva, porque, em muitas circunstâncias, somos o único Evangelho que os homens de hoje ainda lêem. Eis a nossa responsabilidade… eis um motivo a mais para viver bem a Quaresma: oferecer o testemunho da fé, vivida num mundo em dificuldade e que precisa de voltar para Deus, que precisa de conversão.
O itinerário quaresmal – disse o Papa a concluir – é um tempo propício que nos é dado para nos dedicarmos, com maior empenho, à nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração ao acolhimento dócil da vontade divina, para uma prática mais generosa da mortificação, de modo a estarmos mais disponíveis para ir em ajuda do próximo necessitado: um itinerário que nos prepara para reviver o Mistério Pascal. ( cf. Radio Vaticano )
Japão: Bento XVI manifesta profunda tristeza
O Papa revela a sua profunda tristeza pela tragédia através de um telegrama enviado à Conferência Episcopal do Japão.
«Bento XVI exprime proximidade com a população atingida por estes trágicos eventos assegurando a oração pelas vítimas e seus familiares».
Também num telegrama enviado ao presidente da Conferência Episcopal do Japão, Leo Jun Ikenaga, o secretário de Estado do Vaticano, D. Tarcisio Bertone, escrevia que «o Papa envia a sua bênção a todos aqueles que estão empenhados nas operações de socorro».
Lembramos que, ao sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter, seguiu-se um tsunami com ondas de dez metros e várias réplicas do sismo que teve lugar a 179 quilómetros a leste de Sendai, na ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio, capital do Japão.
Segundo últimas informações, este sismo pode ter feito mais de 1700 mortos. O Japão declarou o estado de emergência e várias equipas de socorro, provenientes de 45 países, estão prontas para ajudar.
N.R: Associamo-nos na tristeza e na oração.
