Da mensagem Pascal de Bento XVI:
“Na vossa Ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra”. “
A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! Continua a ressoar na Igreja o eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos … Até hoje – mesmo na nossa era de comunicações super-tecnológicas – a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo… Não se trata de uma especulação, nem sequer de uma experiência mística. A ressurreição de Cristo é um acontecimento concreto, que deixa uma marca indelével… A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem…Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que dimana da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança huma-na, a cada expectativa, desejo, projecto… O próprio cosmos está chamado a aclamar o Ressuscitado, a entoar o aleluia pascal… Hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade…” ( cf. Rádio Vaticano )
