Bento XVI, no Angelus deste domingo, o IV Domingo de Páscoa, recordou que a liturgia propõe a imagem do Bom Pastor, “um dos mais belos ícones que, desde os primeiros séculos da Igreja, representaram o Senhor Jesus”. O evangelho deste dia sublinha a íntima relação entre Cristo Pastor e o seu rebanho, vínculo de amor e de conhecimento recíproco, que o evangelista explicita com dois verbos: escutar e seguir. Escutar a Palavra, da qual nasce e se alimenta a fé. E seguir Jesus, agir como “discípulos”. O Papa convidou os fiéis a rezarem por todos os Pastores da Igreja e por todos os que se preparam para este serviço na Igreja, não esquecendo também a oração pelas vocações: “Rezemos pelas vocações ao sacerdócio, neste Dia Mundial de Oração pelas Vocações, para que nunca faltem válidos operários na messe do Senhor... De facto, os homens têm sempre necessidade de Deus, no nosso mundo tecnológico. Sempre serão precisos Pastores que anunciem a sua Palavra e façam encontrar o Senhor nos Sacramentos”. ( Cf. Rádio Vaticano )
No Sábado, dia 14 de Maio, Bento XVI – recebendo, no Vaticano, os mais de cem participantes na Assembleia Geral das Obras Missionárias Pontifícias, grupo guiado pelo novo Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, D. Fernando Filoni – afirmou : “A Igreja é missão. É fundamental anunciar, também hoje, a “grande Esperança” do Deus de rosto humano, que nos amou até ao fim: todos e cada um”. O Papa evocou “as novas escravidões” do nosso tempo, no meio das quais há que levar a mensagem libertadora do Evangelho: “Novos problemas e novas escravidões emergem no nosso tempo, tanto no chamado primeiro mundo, abastado e rico, mas incerto sobre o seu futuro, com nos países emergentes, onde, também por causa de uma globalização caracterizada, muitas vezes, pelo lucro, acabam por aumentar as massas dos pobres, dos emigrantes, dos oprimidos, nos quais se dilui a luz da esperança. A Igreja deve renovar constantemente o seu empenho em levar Cristo, em prolongar a sua missão messiânica, pelo advento do Reino de Deus, Reino de justiça, de paz, de liberdade, de amor…Transformar o mundo com a força renovadora do Evangelho, para que Deus seja tudo em todos, é tarefa de todo o Povo de Deus. Cada cristão deveria fazer sua a urgência de actuar pela edificação do Reino de Deus. Tudo na Igreja está ao serviço da evangelização: cada sector da sua actividade e mesmo cada pessoa, nas várias tarefas a que está chamada a desempenhar…Todos devem estar envolvidos na missão “ad gentes”: bispos, presbíteros, religiosos, religiosas , leigos…Há, pois, que prestar atenção a que todos os sectores da pastoral, da catequese, da caridade, sejam caracterizados pela dimensão missionária. A Igreja não pode faltar à sua missão de levar a luz de Cristo, de proclamar o feliz anúncio do Evangelho, mesmo se isso comporta a perseguição. Faz parte da sua própria vida, como o foi para Jesus. Os cristão não devem ter temor, mesmo se constituem actualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições em razão da sua fé”. ( Cf. Rádio Vaticano )
