- FESTA DAS FOGACEIRAS 2017
Na próxima Sexta-Feira, dia 20 de Janeiro, o Concelho de Santa
Maria da Feira celebra a sua festa maior: a Festa das Fogaceiras, em honra do
Mártir São Sebastião. Esta festa, com mais de 500 anos, agradece a intercessão
de São Sebastião no combate contra o flagelo da peste que alastrou nestas
Terras da Feira. A promessa mantém-se viva e a acção de graças mobiliza milhares
de pessoas, congregadas pela fé, a afirmar o seu louvor a Deus pela intervenção
miraculosa do Santo Mártir. Dois momentos importantes marcam esta festividade
cristã: a celebração da Eucaristia, com a bênção das fogaças – às 11,00 horas,
e a Procissão que percorre algumas ruas do centro da cidade – às 15,30 horas.
Este ano, preside à Festa das Fogaceiras o Sr. D. António Augusto
Azevedo, Bispo-Auxiliar do Porto.
- SÃO SEBASTIÃO
Descendente de uma família nobre, Sebastião terá nascido em
Narbona, no sul de França, em meados do século III. Segundo a maioria dos
estudiosos, os seus pais eram naturais de Milão, para onde voltaram depois do
nascimento de Sebastião. Aí viveu Sebastião até se mudar para Roma.
Em nome da religião, enveredou por uma carreira militar para,
desse modo defender, poder os cristãos que sofriam uma terrível perseguição. As
suas qualidades são amplamente elogiadas: figura imponente, prudência, bondade,
bravura… Era estimado pela nobreza e respeitado por todos.
De Milão, o jovem soldado deslocou-se para Roma, onde a
perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os
cristãos.
O imperador Diocleciano, reconhecendo nele a valentia e
desconhecendo a sua religião, nomeou-o capitão general da Guarda Pretoriana. Aproveitando-se
do seu estatuto, Sebastião visitava as prisões de Roma animava os cristãos
condenados para que se mantivessem firmes e fiéis a Jesus Cristo. Mas, esta sua
obra abriu caminho para o seu martírio. Foi denunciado por ser cristão. O
imperador Diocleciano acusou-o de ingratidão e condenou-o à morte. Foi cravado
por flechas, até o julgarem morto. Por isso, São Sebastião é representado com o
corpo pejado com várias setas, e surge preso a um tronco de árvore.
Entretanto, uma jovem de nome Irene (mais tarde, também
martirizada - santa Irene) passou e verificou que ainda estava vivo. Levou-o
para casa e curou-lhe as feridas. Ainda não completamente restabelecido, mas já
com algumas forças e muita persistência, Sebastião voltou junto do imperador
para defender os cristãos, condenando-lhe a impiedade e injustiça.
Então, Diocleciano mandou que fosse chicoteado até à morte e,
depois, o seu corpo foi atirado para a Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de
Roma. O seu corpo foi, porém, recuperado pelos cristão de Roma e sepultado nas
catacumbas da Via Ápia. Sebastião foi morto no dia 20 de Janeiro, do ano 300.
Logo após o seu martírio começou a ser venerado como santo.

