- SOLENIDADE DO PENTECOSTES
“...A Igreja celebra, hoje, a importante Solenidade do
Pentecostes. Se, num certo sentido, todas as solenidades litúrgicas da Igreja
são grandes, maior é o Pentecostes porque, chegando ao quinquagésimo dia,
assinala o cumprimento do acontecimento da Páscoa, da morte e ressurreição do
Senhor Jesus, através da dádiva do Espírito do Ressuscitado. Para o Pentecostes,
a Igreja preparou-nos nos dias passados com a sua oração, com a invocação
reiterada e intensa a Deus, para alcançar uma renovada efusão do Espírito Santo
sobre nós. Assim, a Igreja reviveu aquilo que acontecera nas suas origens
quando os Apóstolos, reunidos no Cenáculo de Jerusalém, «perseveravam
unanimemente na oração com as mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e
os irmãos dele» (Act 1, 14). Estavam congregados na expectativa, humilde e
confiante, de que se cumprisse a promessa do Pai, a eles comunicada por Jesus:
«Vós sereis baptizados no Espírito Santo, daqui a poucos dias...descerá sobre
vós o Espírito Santo, que vos dará a sua força» (Act 1, 5.8)…” (Bento XVI)
“… o Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos fiéis como
num templo (cf. 1 Cor 3, 16; 6, 19); e neles ora e dá testemunho da sua adopção
filial (cf. Gál 4, 6; Rom 8, 15-16. 26). Ele introduz a Igreja no conhecimento
de toda a verdade (cf. Jo 16, 13), unifica-a na comunhão e no ministério,
edifica-a e dirige-a com os diversos dons hierárquicos e carismáticos e
enriquece-a com os seus frutos (cf. Et 4, 11-12; 1 Cor 12, 4; Gál 5, 22)”.
(Lumen Gentium)
De acordo com a doutrina da Igreja, são sete os dons do Espírito
que se manifestam na vida dos crentes, em ordem à vivência mais autêntica da fé
e do esforço da santificação: o temor de Deus, que nos inspira o
horror ao pecado; a piedade, que abre o nosso coração à comunhão com o
Senhor e ao amor do próximo; a ciência, que nos ajuda a discernir o
bem do mal; a fortaleza, que nos inspira a fazer o bem; o conselho,
que nos auxilia na tomada de decisões; a inteligência, que nos faz
penetrar profundamente nos mistérios da fé; e por fim, a sabedoria,
que nos faz saborear o amor de Deus.