DIA
MUNDIAL DAS MISSÕES
A Igreja Católica celebra
neste Domingo, 20 de Outubro, o Dia Mundial das Missões. Com esta celebração, a
Igreja pretende chamar a atenção para a actualidade da acção missionária da
Igreja e para a responsabilidade de cada cristão em testemunhar, no seu ambiente,
a Evangelho de Jesus. O Papa, na sua mensagem para esta ocasião, desafia os
católicos “a sair de novo para iniciar um novo movimento missionário”,
sublinhando que o anúncio do Evangelho” é para todos”: “…A missão para todos
requer o empenho de todos. Por isso, é necessário continuar o caminho, rumo a
uma Igreja toda ela sinodal-missionaria, ao serviço do Evangelho. De per si, a
sinodalidade é missionária e, vice-versa, a missão é sempre sinodal”.
Transcrevemos da Mensagem
do Papa Francisco: “…E não esqueçamos que todo o cristão é chamado a tomar
parte nesta missão universal com o seu testemunho evangélico em cada ambiente,
para que toda a Igreja saia continuamente com o seu Senhor e Mestre rumo às
«saídas dos caminhos» do mundo atual. Sim, «hoje o drama da Igreja é que
Jesus continua a bater à porta, mas da parte de dentro, para que O deixemos
sair! Muitas vezes acabamos por ser uma Igreja (…) que não deixa o Senhor sair,
que O retém como “propriedade sua”, quando o Senhor veio para a missão e quer
que sejamos missionários» (Discurso aos participantes no Congresso promovido pelo
Dicastério para os leigos, a família e a vida, 18/II/2023).
Oxalá todos nós, batizados, nos disponhamos a sair de novo, cada um segundo a
própria condição de vida, para iniciar um novo movimento missionário, como nos
alvores do cristianismo.
(…) Sabemos que o zelo missionário, nos
primeiros cristãos, possuía uma forte dimensão escatológica. Sentiam a urgência
do anúncio do Evangelho. Também hoje é importante ter presente tal perspetiva,
porque nos ajuda a evangelizar com a alegria de quem sabe que «o Senhor está
perto» e com a esperança de quem propende para a meta, quando estivermos todos
com Cristo no seu banquete nupcial no Reino de Deus. Assim, enquanto o mundo
propõe os vários «banquetes» do consumismo, do bem-estar egoísta, da
acumulação, do individualismo, o Evangelho chama a todos para o banquete divino
onde reinam a alegria, a partilha, a justiça, a fraternidade, na comunhão com
Deus e com os outros. Temos esta plenitude de vida, dom de Cristo, antecipada
já agora no banquete da Eucaristia, que a Igreja celebra por mandato do Senhor
em memória d’Ele. Por isso o convite ao banquete escatológico, que levamos a
todos na missão evangelizadora, está intrinsecamente ligado ao convite para a
mesa eucarística, onde o Senhor nos alimenta com a sua Palavra e com o seu
Corpo e Sangue. Como ensinou Bento XVI, «em cada celebração eucarística
realiza-se sacramentalmente a unificação escatológica do povo de Deus. Para
nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final,
preanunciado pelos profetas (cf. Is 25, 6-9) e descrito no
Novo Testamento como “as núpcias do Cordeiro” (Ap 19, 7-9), que se
hão-de celebrar na comunhão dos santos» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 31).
Assim, todos somos chamados a viver mais
intensamente cada Eucaristia em todas as suas dimensões, particularmente a
escatológica e a missionária. Reafirmo, a este respeito, que «não podemos
abeirar-nos da mesa eucarística sem nos deixarmos arrastar pelo movimento da
missão que, partindo do próprio Coração de Deus, visa atingir todos os homens»
(Ibid., 84). A renovação eucarística, que
muitas Igrejas Particulares têm louvavelmente promovido no período pós-Covid,
será fundamental também para despertar o espírito missionário em todo o fiel.
Com quanta mais fé e ímpeto do coração se deveria pronunciar, em cada Missa, a
aclamação «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição.
Vinde, Senhor Jesus!»
Por conseguinte, no Ano dedicado à oração como preparação para o Jubileu de 2025, desejo convidar a todos para intensificarem também e sobretudo a participação na Missa e a oração pela missão evangelizadora da Igreja. Esta, obediente à palavra do Salvador, não cessa de elevar a Deus, em cada celebração eucarística e litúrgica, a oração do Pai Nosso com a invocação «Venha a nós o vosso Reino». E assim a oração quotidiana e de modo particular a Eucaristia fazem de nós peregrinos-missionários da esperança, a caminho da vida sem fim em Deus, do banquete nupcial preparado por Deus para todos os seus filhos. (…)
Por conseguinte, no Ano dedicado à oração como preparação para o Jubileu de 2025, desejo convidar a todos para intensificarem também e sobretudo a participação na Missa e a oração pela missão evangelizadora da Igreja. Esta, obediente à palavra do Salvador, não cessa de elevar a Deus, em cada celebração eucarística e litúrgica, a oração do Pai Nosso com a invocação «Venha a nós o vosso Reino». E assim a oração quotidiana e de modo particular a Eucaristia fazem de nós peregrinos-missionários da esperança, a caminho da vida sem fim em Deus, do banquete nupcial preparado por Deus para todos os seus filhos. (…)