*COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS
A Celebração dos fiéis defuntos é uma solenidade que tem um valor
profundamente teológico, porque chama a nossa atenção para o mistério da
existência humana, desde as suas origens até ao seu fim e, também, para o além.
A novidade introduzida pela nossa fé é a esperança: nós, cristãos, acreditamos
num Deus que não é apenas Criador, mas também Juiz.
Deus, também é Juiz! O seu juízo vai para além do tempo e do espaço, na vida após a morte e na vida eterna, na qual o Reino de Deus se realiza plenamente. O julgamento do Senhor será duplo: além de respondermos, individualmente, pelas nossas acções, no final dos tempos, seremos chamados a responder-lhes também como humanidade.
Se morrermos em Cristo - porque vivemos a nossa vida em comunhão com Ele - seremos admitidos na comunhão dos Santos.
A celebração de hoje insere-se nesta perspectiva: a Igreja não esquece os seus irmãos falecidos, mas reza por eles, oferece sufrágios, celebra Missas e oferece esmolas, para que também as almas, que ainda precisam de purificação, após a morte, possam alcançar a visão de Deus.
A morte é um acontecimento inevitável. Cada um de nós pode entender isso pela própria experiência pessoal. Segundo a visão cristã, porém, não é considerada um facto natural. Pelo contrário, é o oposto da vontade de Deus! Deus, o Senhor da vida, dá-nos a vida em abundância e a morte é uma mera consequência do nosso pecado. Entretanto, em Cristo, Deus toma sobre si os nossos pecados e as suas consequências. Desta forma, a morte torna-se uma passagem, uma porta.
Graças à vitória de Cristo sobre a morte, podemos superar o medo que temos dela e a dor que sentimos quando atinge alguém que está próximo de nós.
Enfim, para o cristão, não há distinção entre vivos e mortos, porque nem os mortos são "mortos", mas "defuntos", ou seja, "privados das funções terrenas", à espera de serem transformados pela Ressurreição.
História e origem desta
celebração
A piedade humana para com os defuntos remonta aos primórdios da humanidade. Mas, com o advento do cristianismo, a perspectiva muda radicalmente.
Os primeiros cristãos, como podemos facilmente observar nas catacumbas, esculpiam a figura de Lázaro nos túmulos, como anseio de que os seus entes queridos pudessem, também, voltar à vida, por intermédio de Cristo.
No entanto, na Igreja Católica, somente no século IX começou a celebração litúrgica pelos defuntos, como herança da tradição monástica, já em vigor no século VII, de empregar, dentro dos mosteiros, um dia inteiro de oração por um defunto.
Este costume, porém, já existia no rito bizantino, que celebrava os mortos, no sábado anterior à Sexagésima (2º Domingo antes do início da Quaresma), um período entre o fim de janeiro e o mês de fevereiro.
Mais tarde, no ano 809, o Bispo de Trier, Dom Amalário Fortunato de Metz, inseriu a memória litúrgica dos falecidos - que aspiram ao céu - no dia seguinte ao dedicado a Todos os Santos, que já estavam no céu.
Enfim, em 998, por ordem do abade de Cluny, Odilone de Mercoeur, a solenidade de Finados foi marcada para o dia 2 de Novembro, precedida por um período de preparação de nove dias, conhecido como Novena dos Defuntos, que começava no dia 24 de Outubro. (cf. Vatican News)
Deus, também é Juiz! O seu juízo vai para além do tempo e do espaço, na vida após a morte e na vida eterna, na qual o Reino de Deus se realiza plenamente. O julgamento do Senhor será duplo: além de respondermos, individualmente, pelas nossas acções, no final dos tempos, seremos chamados a responder-lhes também como humanidade.
Se morrermos em Cristo - porque vivemos a nossa vida em comunhão com Ele - seremos admitidos na comunhão dos Santos.
A celebração de hoje insere-se nesta perspectiva: a Igreja não esquece os seus irmãos falecidos, mas reza por eles, oferece sufrágios, celebra Missas e oferece esmolas, para que também as almas, que ainda precisam de purificação, após a morte, possam alcançar a visão de Deus.
A morte é um acontecimento inevitável. Cada um de nós pode entender isso pela própria experiência pessoal. Segundo a visão cristã, porém, não é considerada um facto natural. Pelo contrário, é o oposto da vontade de Deus! Deus, o Senhor da vida, dá-nos a vida em abundância e a morte é uma mera consequência do nosso pecado. Entretanto, em Cristo, Deus toma sobre si os nossos pecados e as suas consequências. Desta forma, a morte torna-se uma passagem, uma porta.
Graças à vitória de Cristo sobre a morte, podemos superar o medo que temos dela e a dor que sentimos quando atinge alguém que está próximo de nós.
Enfim, para o cristão, não há distinção entre vivos e mortos, porque nem os mortos são "mortos", mas "defuntos", ou seja, "privados das funções terrenas", à espera de serem transformados pela Ressurreição.
A piedade humana para com os defuntos remonta aos primórdios da humanidade. Mas, com o advento do cristianismo, a perspectiva muda radicalmente.
Os primeiros cristãos, como podemos facilmente observar nas catacumbas, esculpiam a figura de Lázaro nos túmulos, como anseio de que os seus entes queridos pudessem, também, voltar à vida, por intermédio de Cristo.
No entanto, na Igreja Católica, somente no século IX começou a celebração litúrgica pelos defuntos, como herança da tradição monástica, já em vigor no século VII, de empregar, dentro dos mosteiros, um dia inteiro de oração por um defunto.
Este costume, porém, já existia no rito bizantino, que celebrava os mortos, no sábado anterior à Sexagésima (2º Domingo antes do início da Quaresma), um período entre o fim de janeiro e o mês de fevereiro.
Mais tarde, no ano 809, o Bispo de Trier, Dom Amalário Fortunato de Metz, inseriu a memória litúrgica dos falecidos - que aspiram ao céu - no dia seguinte ao dedicado a Todos os Santos, que já estavam no céu.
Enfim, em 998, por ordem do abade de Cluny, Odilone de Mercoeur, a solenidade de Finados foi marcada para o dia 2 de Novembro, precedida por um período de preparação de nove dias, conhecido como Novena dos Defuntos, que começava no dia 24 de Outubro. (cf. Vatican News)
