SANTA OLGA DO ALASCA (Santa da Igreja Ortodoxa)
Arrsamquq nasceu, no dia 3 de Fevereiro de 1916, numa família indígena do Alasca, de origem Yupik. A presença da missão ortodoxa nesta comunidade indígena ajudou a difundir a fé entre a população local. Arrsamquq foi uma das primeiras a ser baptizada, ainda criança. No baptismo, recebeu o nome de Olga.
Desde muito jovem, procurava viver no amor de Deus. Era trabalhadora e rezava muito pela sua família e pelos habitantes da sua aldeia. Na adolescência, já conhecia muitos textos litúrgicos e hinos, na língua eslava eclesiástica e na língua Yupik.
Casou-se com um homem da sua aldeia. Como era habitual na época e na tradição indígena, foi um casamento arranjado. O seu marido era habilidoso, na pesca e na caça. Abriu uma mercearia e inaugurou a primeira agência dos correios, na sua aldeia. No entanto, não era um homem particularmente religioso. Durante os primeiros anos de casamento, o relacionamento foi conturbado, repleto de conflitos e discussões. Mas, Olga não se desesperou. Em vez disso, rezou fervorosamente pelo seu marido e pelos seus vizinhos descrentes. Através das suas orações, após algum tempo, o seu marido — baptizado com o nome Nicolau— começou a frequentar a igreja. Ele trouxe consigo outros seis homens da aldeia. Todos se tornaram leitores. Nicolau Miguel (o seu nome) continuou os seus estudos, na chamada "Escola Aleúte" (a língua aleúte é um idioma da família esquimó-aleúte, mais especificamente do grupo inuíte falado pelos povos indígenas da Groenlândia e da Dinamarca. Actualmente, no mundo, é falado por cerca de 57 700 pessoas), semelhante às fundadas por Santo Inocêncio, com o apoio da Sociedade Missionária Russa, em Sitka. Ele estudou sob a direcção do Bispo Amvrossy (Merejko). Depois de terminados os estudos, foi ordenado sacerdote. A partir de 1963, serviu como sacerdote em Kwetluk. Foi o segundo sacerdote, na sua aldeia, Kwetluk, e foi muito amado pelo seu povo. Aliás, durante toda a vida de Olga, a grande maioria dos alunos que frequentavam essa escola vinha da sua pequena aldeia.
Após a ordenação de
Nicolau, a vida conjugal do casal mudou significativamente. Como sacerdote,
Nicolau Miguel viajou pelas doze aldeias vizinhas para celebrar a missa e
presidir a outras cerimônias. As viagens entre as aldeias eram feitas pelos
rios, de barco, no verão, e de moto de neve ou trenó puxado por cães, no inverno.
Olga, a única parteira da região, acompanhava o marido para auxiliar as
mulheres durante o parto e em casos de doença.
Olga deu à luz treze filhos sem a ajuda de qualquer parteira. Cinco deles não sobreviveram até à idade adulta devido a doenças e ao clima rigoroso do Alasca.
Olga Miguel trabalhava arduamente, cuidando da casa, criando os filhos, confeccionando vestes litúrgicas e preparando o pão para as celebrações. Apesar de uma agenda cheia, ela também visitava a casa de outras pessoas, para cozinhar e ajudar nas tarefas domésticas. Através das suas palavras e acções, Olga dava às pessoas o testemunho de uma vida cristã, segundo os mandamentos do Senhor. Ela também confeccionava botas, casacos, meias e luvas para distribuir entre os paroquianos. Pelos seus actos de caridade, recebeu o apelido de a nova Tabita (Tabita, era uma mulher de posses, que morava na cidade de Jope. Usava o seu tempo, bens e dons para fazer o bem às viúvas, às pessoas marginalizadas pela sociedade da época. Conforme o livro de Actos dos Apóstolos, Tabita possuía o dom da "diaconia", isto é, colocava toda a sua vida ao serviço das mulheres abandonadas pelas suas famílias. Usou a sua força de vontade e a sua fé, para promover o bem, colocando em prática as palavras de Jesus: "Quem quiser ser grande, seja o servo de todos”).
Era particularmente atenciosa com as mulheres necessitadas que sofriam violência doméstica. Frequentemente, convidava as mulheres da sua aldeia para tomar um banho de vapor e onde não podiam esconder as cicatrizes físicas e espirituais dos abusos sofridos. Ela aconselhava as mulheres e dirigia-lhes palavras de conforto. A sua compaixão e sensibilidade impressionavam muitos, como se ela própria tivesse vivido situações semelhantes.
Com o passar dos anos, as suas filhas assumiram uma parte das suas responsabilidades. A dedicada Olga tinha, assim, mais tempo para viajar com o marido, ajudar as pessoas nas aldeias vizinhas e ensinar técnicas de obstetrícia a mulheres mais jovens.
Olga faleceu no dia 8 de Novembro de 1979.
Pela sua indescritível humildade e amor ao próximo; pela sua empatia e pelos cuidados prestados às vítimas de abusos, pelo testemunho da sua fé em Jesus, foi canonizada, pela Igreja Ortodoxa, no dia 8 de Novembro de 2023.
A sua memória litúrgica é celebrada, nas Igrejas Orientais, no dia 10 de Novembro.
Arrsamquq nasceu, no dia 3 de Fevereiro de 1916, numa família indígena do Alasca, de origem Yupik. A presença da missão ortodoxa nesta comunidade indígena ajudou a difundir a fé entre a população local. Arrsamquq foi uma das primeiras a ser baptizada, ainda criança. No baptismo, recebeu o nome de Olga.
Desde muito jovem, procurava viver no amor de Deus. Era trabalhadora e rezava muito pela sua família e pelos habitantes da sua aldeia. Na adolescência, já conhecia muitos textos litúrgicos e hinos, na língua eslava eclesiástica e na língua Yupik.
Casou-se com um homem da sua aldeia. Como era habitual na época e na tradição indígena, foi um casamento arranjado. O seu marido era habilidoso, na pesca e na caça. Abriu uma mercearia e inaugurou a primeira agência dos correios, na sua aldeia. No entanto, não era um homem particularmente religioso. Durante os primeiros anos de casamento, o relacionamento foi conturbado, repleto de conflitos e discussões. Mas, Olga não se desesperou. Em vez disso, rezou fervorosamente pelo seu marido e pelos seus vizinhos descrentes. Através das suas orações, após algum tempo, o seu marido — baptizado com o nome Nicolau— começou a frequentar a igreja. Ele trouxe consigo outros seis homens da aldeia. Todos se tornaram leitores. Nicolau Miguel (o seu nome) continuou os seus estudos, na chamada "Escola Aleúte" (a língua aleúte é um idioma da família esquimó-aleúte, mais especificamente do grupo inuíte falado pelos povos indígenas da Groenlândia e da Dinamarca. Actualmente, no mundo, é falado por cerca de 57 700 pessoas), semelhante às fundadas por Santo Inocêncio, com o apoio da Sociedade Missionária Russa, em Sitka. Ele estudou sob a direcção do Bispo Amvrossy (Merejko). Depois de terminados os estudos, foi ordenado sacerdote. A partir de 1963, serviu como sacerdote em Kwetluk. Foi o segundo sacerdote, na sua aldeia, Kwetluk, e foi muito amado pelo seu povo. Aliás, durante toda a vida de Olga, a grande maioria dos alunos que frequentavam essa escola vinha da sua pequena aldeia.
Olga deu à luz treze filhos sem a ajuda de qualquer parteira. Cinco deles não sobreviveram até à idade adulta devido a doenças e ao clima rigoroso do Alasca.
Olga Miguel trabalhava arduamente, cuidando da casa, criando os filhos, confeccionando vestes litúrgicas e preparando o pão para as celebrações. Apesar de uma agenda cheia, ela também visitava a casa de outras pessoas, para cozinhar e ajudar nas tarefas domésticas. Através das suas palavras e acções, Olga dava às pessoas o testemunho de uma vida cristã, segundo os mandamentos do Senhor. Ela também confeccionava botas, casacos, meias e luvas para distribuir entre os paroquianos. Pelos seus actos de caridade, recebeu o apelido de a nova Tabita (Tabita, era uma mulher de posses, que morava na cidade de Jope. Usava o seu tempo, bens e dons para fazer o bem às viúvas, às pessoas marginalizadas pela sociedade da época. Conforme o livro de Actos dos Apóstolos, Tabita possuía o dom da "diaconia", isto é, colocava toda a sua vida ao serviço das mulheres abandonadas pelas suas famílias. Usou a sua força de vontade e a sua fé, para promover o bem, colocando em prática as palavras de Jesus: "Quem quiser ser grande, seja o servo de todos”).
Era particularmente atenciosa com as mulheres necessitadas que sofriam violência doméstica. Frequentemente, convidava as mulheres da sua aldeia para tomar um banho de vapor e onde não podiam esconder as cicatrizes físicas e espirituais dos abusos sofridos. Ela aconselhava as mulheres e dirigia-lhes palavras de conforto. A sua compaixão e sensibilidade impressionavam muitos, como se ela própria tivesse vivido situações semelhantes.
Com o passar dos anos, as suas filhas assumiram uma parte das suas responsabilidades. A dedicada Olga tinha, assim, mais tempo para viajar com o marido, ajudar as pessoas nas aldeias vizinhas e ensinar técnicas de obstetrícia a mulheres mais jovens.
Olga faleceu no dia 8 de Novembro de 1979.
Pela sua indescritível humildade e amor ao próximo; pela sua empatia e pelos cuidados prestados às vítimas de abusos, pelo testemunho da sua fé em Jesus, foi canonizada, pela Igreja Ortodoxa, no dia 8 de Novembro de 2023.
A sua memória litúrgica é celebrada, nas Igrejas Orientais, no dia 10 de Novembro.
